quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Eu por mim mesma


Não gosto de ser comum, não procuro ser diferente, não quero ser alguém que não a mim mesma. Não suporto fingir, não sou de levar desaforo, não fico calmar, não deixo rolar, não tenho paciência, não nego o que sou. Não sei esconder o que sinto, não tenho medo de dizer o que quero. Não calo, não abraço quem não quero, não faço nada que não quero. Não minto para ser bacana, não curto coisas da moda, não mudo meu jeito. Não me importo com o que pensam, não gosto de rimas, não estou nem aí pro mundo certinho, não me comporto como uma sombra, não consigo adiar minha felicidade, não mascaro meus desejos. Não deixo nada, nunca, pra depois. Não penso em casamento, nunca aprendi amar direito, não quero envelhecer, adoro a solidão. Não despenso meus amigos, NÃO detesto samba, não me envergonho das escolhas que fiz e faço. Não sou mais tão jovem (?), não tenho elasticidade, não gosto de ser repreendida, não me importo de ser quem eu sou. Não tenho mais tempo pra muitas coisas, não tenho mais fôlego, não deixo de sorrir quando me faz bem. Não seguro lágrimas, não disfarço antipatia, não controlo minhas grosserias. Não guardo minhas bobagens. Não aprendo com os erros. Não perdoo ingratidão, não tenho um gênio fácil, não sou bem humorada. Não esqueço (de nada), não ignoro quem me ajuda, não abandono quem me ampara, não fico bem sem cafuné. Não reparo em carros, não dou a mínima pra status, não gosto de esperar. Não me importo com minha bagunça, não vivo sem minhas lembranças. Não leio poesia barata, não gosto de romances cotidianos. "Não sou nada. Nunca serei nada. Não posso querer nada. A parte disso, tenho em mim todos os sonhos do mundo."

Prazer em ser o oposto! Se decepcinou? Em frente e siga em frente...ou não!

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