quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Ano novo!


Ano novo...ano novo...e ponto. E é só isso. Só o ano que é novo. Porque a vida é a mesma, a família é a mesma, os amigos são os mesmo, o baile de reveillon é o mesmo e no mesmo lugar com as mesmas pessoas, a cidade é a mesma. É isso. Tudo é o mesmo, tudo é velho, nada muda, não é a toa que o mundo é redondo. Eu fico tonta de tanto andar e chego sempre no mesmo lugar. Mas se tudo der certo, antes da metade do ano, no mínimo, eu vou ter uma casa nova, a minha casa. O meu canto. Vou ter a minha tão sonhada LIBERDADE. Não me refiro a liberdade de fazer o que quiser, mas liberdade no sentido de me sentir livre, de ficar sozinha, de poder me sentir sozinha, ter aquela solidão tão desejada e tão necessitada. 2010 não tem nada pra ser feliz. Mas se for pra ser infeliz, que pelo menos eu consiga ser infeliz sozinha, porque essa infelicidade acompanhada me mata.

quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Andando em circulos


Mais um final de ano, mais um final de ano que eu sento, respiro fundo e digo: to frustrada! Tudo o que eu quero, tudo o que eu pesso, tudo o que eu torço é pra sair dessa cidade que ta me matando dia a dia...e só eu vejo isso...e vai chegando final de ano...como todo final de ano...eu fico num estado de nervos que eu fico irreconhecível, grito, choro, brigo e esperneio. E todo mundo culpa a minha depressão, os meus remédios ou o meu psiquiatra que não tem culpa por eu não ser feli aqui. Talvez ninguém perceba porque eu tenho essa mania de não ser inconveniente, de não querer dividir o que eu sinto, aí então, de repente, de um momento pro outro eu me vejo gritando, brigando, e me dizem: vc comeu muito sal de meio dia. E eu to infeliz, e to cansada, e to desistindo, e to começando a empurrar a minha vida com a barriga outra vez. Pelo menos nesses útlimos dias tive o meu trabalho pra me distrair e passar o tempo...mas eu só quero ver até quando isso vai durar...

... o amor é uma doença (...) quando nele julgamos ver a nossa cura. Manel Cruz

sábado, 19 de dezembro de 2009

"Quero esquecer completamente. E sei que nunca esquecerei." (Caio Fernando Abreu)

Porque eu continuo fazendo comparações...
Porque ninguém faz o que ele fazia...como ele fazia...
Simplesmente porque ninguém é ele...e é isso que dói!

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009


"De algum secreto lugar me vem a força para erguer a xícara, acender o cigarro, até sorrir quando alguém me diz: ‘Você hoje está com a cara ótima’, quando penso se não doeria menos jogar-me de um décimo primeiro andar."


(Lya Luft)

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Pra você eu digo sim!


Se eu me apaixonar
Vê se não vai debochar
Da minha confusão
Uma vez me apaixonei
E não foi o que pensei
Estou só, desde então...

Se eu me entregar, total
Meu medo é
Você pensar que eu
Sou superficial

Se eu não fizer amor
Assim sem mais
Se você brigar e for
Correndo atrás de alguém
Não vou suportar a dor de ver
Que eu perdi mais uma vez meu amor

Mas se eu sentir que nós
Estamos juntos
Longe ou a sós no mundo e além
Pode crer que tudo bem
O amor só precisa de nós dois mais ninguém...

Se você quiser ser meu namoradinho
E me der o seu carinho sem ter fim
Pra você eu digo sim!

domingo, 13 de dezembro de 2009


"Sobra tanto espaço dentro do abraço. Falta tanta coisa pra dizer que nunca consigo..."

(O Teatro Mágico)

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Decisão!


Queria pode gritar bem alto pra todo mundo ouvir: AFFFFFF!!! PQP!!!! Ás vezes um grito vale mais que muitas e longas explicações daquilo que se sente e se pensa. Tomar decisões importantes deveria ser mais fácil...no mínimo que não doesse tanto a cabeça... Decidi, mudei de opinião, decidi de novo, conclui...e continuo achando que fiz besteira...O que me encomoda é que a única coisa que eu espero é ter um bom emprego, que me pague bem, para que assim, eu possa ter o meu canto, possa morar SOZINHAAAAAAAA...sem irmão, sem família, sem amigos, sem namorado, sem ninguém...e ninguém entende isso...e acho que nunca vão entender...e isso me encomoda...talvez se alguém nesse mundo me entendesse eu não precisaria tanto de um psiquiatra..aaafff to estressada, contrariam emburrada, mas vai passar...sempre passa...

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Altos e baixos



De volta a montanha russa emocional...meia hora feliz...meia hora triste...andando na corda bamba...pelo menos a minha vida tem emoção...

domingo, 6 de dezembro de 2009

Tempo


Durante alguns dias eu não tive coragem de me olhar no espelho, eu não queria ver a mim mesma. Com o passar do tempo eu consegui erguer a cabeça e me encarar, consegui ver meus muitos defeitos, mas também, vi grandes qualidades. Nesse um ano, sete meses e nove dias tudo o que eu fiz foi me amar, sim, me amar, como ninguém jamais me amou. Eu poderia ter me odiado, mas isso só aumentariam as minhas feridas, a minha dor, alguém um dia disse: o amor cura tudo, o amor pode mudar as pessoas, e então eu me amei. Eu amei meus defeitos e minhas qualidades, que são essenciais para a formação da minha personalidade e do meu carater, amei cada parte do meu corpo e cada pensamento que se passou em minha cabeça. Eu me descobri. E descobri que sou muito melhor sozinha. Me amando sozinha, me cuidando sozinha. Gosto da minha companhia, e aceito um bom livro e uma boz música. Mas eu gosto da solidão, e isso não é problema da minha depressão, isso é uma caracteristica da minha personalidade, infelizmente ninguém entende. Eu estou bem, as coisas estão se encaminhando, formada, com emprego garantido, mas ainda não está bom, ainda não é o suficiente pra que eu me sinta completamente feliz...ainda falta algo...que eu não vou desistir...é que eu ainda não terminei de "contar as moedas" (Para um bom entendedor, meia palavra basta!)

sábado, 5 de dezembro de 2009


"Enquanto houver você do outro lado aqui do outro eu consigo me orientar..." (O Teatro Mágico)

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Alívio


É hoje, 03 de dezembro de 2009, última prova, última janta, última noite de faculdade...ACABOU!!! É uma sensação de alívio indescritível!!! Só senti coisa igual quando tranquei a faculdade no ano passado. Isso é muito bom...e sei que não vou sentir saudades, até porque do que não é bom a gente não sente falta. Tô feliz...muito feliz...agora é só arrumar um trabalho e me matar trabalhando, mas em troca disso cuidar da minha vida, do meu nariz e se tudo der certo, em breve ter o meu cantinho!!!!

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009


"Há uma criança morando em mim que nunca cresce.
Ela acredita num mundo cor de rosa
onde o amor ainda prevalece
Sente flores no outono,
Colhe sol no inverno"

Arnalda Rabelo

terça-feira, 1 de dezembro de 2009


Vai - Ana Carolina
Composição: Simone Saback

Espera aí!
Nem vem com essa história
Eu nem quero ouvir
Não dá pra te esquecer agora
Como assim?
'Cê disse que me amava tanto ontem
Eu juro que ouvi

Calma aí!
Que diabo você tá dizendo agora?
Que onda é essa de outro lance pra viver?
Você nem pode tá falando sério...
Vivi pra você
Morri pra você

Pois então vai!
A porta esteve aberta o tempo todo
Sai!
Quem tá lhe segurando?
Você sabe voar

Pois então vai!
A porta na verdade nem existe
Sai!
O que está esperando?
Você sabe voar

Então tá bom!
É, senta e conta logo tudo devagar
Não minta, não me faça, suportar
Você caindo nesse abismo enorme
Tão fora de mim

Tá legal!
É, e eu faço o quê com a nossa vida genial?
'Cê vai viver pra outra vida e eu fico aqui
Na vida que ficou em minha vida
Tão perto de mim
Tão longe de mim

(Pois então) vai!
A porta esteve aberta o tempo todo
Sai!
Quem tá lhe segurando?
Você sabe voar

(Pois então) vai! A porta na verdade nem existe Sai! O que está esperando? Você sabe voar Uhuu, de volta pra mim De volta pra mim...

Quando tudo nos parece dar errado
Acontecem coisas boas
Que não teriam acontecido
Se tudo tivesse dado certo.

Renato Russo

segunda-feira, 30 de novembro de 2009


"Essa vida viu, Zé. Pode ser boa que é uma coisa. Já chorei muito, já doeu muito esse coração. Mas agora tô, ó, tá vendo? De pedra. Uma tora. Um macho. (...) Sabe Zé, no começo doeu não sentir nada. Mas eu consegui. Eu não sinto nada. Nada. Nem pena do mundo eu consigo mais sentir. Minha pureza era linda, Zé, mas ninguém entendia ela, ninguém acolhia ela. Todo mundo só abusava dela. Agora ninguém mais abusa da minha alma pelo simples fato de que eu não tenho mais alma nenhuma. Já era, Zé. É isso que chamam de ser esperto? Nossa, então eu sou uma ninja. Bate aqui no meu peito, Zé!? Sentiu o barulho de granito?"

Ser forte...


"... é amar alguém em silêncio.
... é deixar-se amar por alguém que não se ama.
... é fingir alegria quando nao se sente.
... é sorrir quando se deseja chorar.
... é consolar quando se precisa de consolo.
... é calar quando o ideal seria gritar a todos a sua angústia.
... é irradiar felicidade quando se é infeliz.
... é esperar quando não se acredita no retorno.
... é elogiar quando se tem vontade de maldizer.
... é manter-se calmo no desespero.
... é fazer alguém feliz quando se tem o coração em pedaços.
... é ter fé naquilo que não se acredita.
... é tentar perdoar alguém que nao merece perdão.
Ser forte é, enfim, viver quando já está morto.

Por isso, por mais difícil que seja a vida: Ame-a e seja forte!"

[Autor desconhecido]

domingo, 29 de novembro de 2009

A armadura


Ainda naquele dia, ela juntou todos os pedacinhos e levou pra sua antiga casa para colar. Mas ela nunca mais ficou a mesma. Aqueles remendos em formas de cicatrizes ficaram visíveis e tem dias que ainda doem, principalmente em dias de chuva como aquele. Com o passar do tempo, dia a dia, ela foi construindo uma armadura ao redor do seu próprio corpo, e não deixou ninguém se aproximar, ninguém tocar...Ela ficou mais frágil do que sempre foi, tem mais medo do que sempre teve, mas tem uma postura de mulher maravilha, alguém inatingível. Mas agora, depois de tanto tempo, alguém chegou por trás e a abraçou, com armadura e tudo, e tenta se aproximar, tenta desarmá-la, mas ela não consegue, ela não deixa, até porque, ninguém perguntou se ela queria alguém por perto, ela aprendeu a se cuidar sozinha, e ela gostou tanto dessa solidão acompanhada, que nada a fará mudar de opinião...só mesmo a vida, que lhe cobra respostas de perguntas que ela ainda não sabe quais são...

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Caio Fernando Abreu

Mas de tudo isso, me ficaram coisas tão boas... Uma lembrança boa de você, uma vontade de cuidar melhor de mim, de ser melhor pra mim e para os outros. De não morrer, de não sufocar, de continuar sentindo encantamento por alguma outra pessoa que o futuro trará, porque sempre traz, e então não repetir nenhum comportamento. Ser novo.

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

O peso da saudade


Nunca imaginei que sentir saudade doesse tanto, nunca imaginei que pesasse tanto, é um peso grande demais pro meu pequenino corpo carregar, e talvez seja por isso que eu me sinta tão cansada nos últimos dias. Sei que não há mais nada a fazer, sei que já fiz tudo que estava ao meu alcanse, mas sempre parece que falta algo, parece que eu poderia fazer uma última coisa, uma última tentativa, mas não adianta. Nós chegamos numa encruzilhada onde cada um seguiu seu caminho, cada um para um lado...mas apenas os corpos se dividiram, os sentimentos, os pensamentos não. Um seguiu o outro. E nessa busca de um pelo outro...um deles se perdeu, e vaga assim, perdido, sozinho, sentindo saudade. É um sentimento quase palpável, quase visível. Mas ninguém vê. Ninguém percebe. Porque saudade não é para ser vista, é para ser sentida, e o orgulho, o orgulho jamais deixaria expor essa dor. É como viver duas vidas, uma linda e tranquila por fora, e outra, um verdadeiro vulcão por dentro, uma bagunça indecifrável que impede qualquer entendimento. Talvez seja necessário mais um ano e sete meses para que tudo se ajeite, para que a saudade amenize, e essas lágrimas que insistem em cair no travesseiro no escuro do quarto sequem...

"Me arde uma alegria, que não aceita ser felicidade, porque a felicidade é uma palavra muito longa e a alegria tem pressa.Uma alegria de deitar na grama e sentir que está molhada e não se importar com a roupa orvalhada e não se importar com a hora e com os modos, uma alegria que é inocência, mas sem culpa para acabá-la. Uma alegria que é descobrir os objetos no escuro. Uma alegria repentina, que me faz entortar o rosto para rir, que não me faz pôr a mão na boca com medo dos dentes, que me impede de me proteger. Uma alegria como um tapete que fica somente curtido no centro. Uma alegria de ficar com pena dos anjos e de suas asas pesadas como duas montanhas nas costas, suas asas como dois irmãos brigando em dia de chuva. Uma alegria de perceber que quanto mais gasto o tempo com os outros mais sobra para mim. Uma alegria que não volta para a estante porque não saiu de nenhum livro lido. Uma alegria que se antecipa e faz sala ao quarto. E quase me faz acreditar que sou possível."
(Fabrício Carpinejar)

domingo, 22 de novembro de 2009

Clarice Lispector

"Saudade é um pouco como fome. Só passa quando se come a presença. Mas às vezes a saudade é tão profunda que a presença é pouco: quer-se absorver a outra pessoa toda. Essa vontade de um ser o outro para uma unificação inteira é um dos sentimentos mais urgentes que se tem na vida."

Sonhando

Se passo o dia, paro e escuto o vento

E ainda não posso entender
Como o improvável insiste em acontecer

Se ando sempre no mesmo caminho
E ainda me encontro com alguém
E vejo que não estou sozinho, eu sei

Se passa o dia, o tempo e conto as horas, e eu sem perceber
Que estou parado vendo o seu retrato, e não vou mais te ver
E vou tentando aceitar

As vezes fujo, corro de mim mesmo, canso e me esqueço de lutar
Sabendo que não posso ser tão tolo assim
Quando me vejo já estou cantando
Solto minha voz e desabafo enfim

Se o telefone toca, eu já sei mesmo que não é você
Se tudo que um dia me falou, eu vejo agora acontecer
Se a saudade aperta e eu não tenho nada a fazer
Se não apenas chorar

Não vou mais querer explicar, eu já sei
Alguém me soprou e falou
Tudo sobre você, e ainda eu vou te ver

Eu quero deitar e sonhar outra vez
Tocar, te ouvir, te sentir
E poder te dizer, como eu amo você
Tocar o meu violão e te ver
Me pedindo pra viver

Me pedindo pra viver
Eu sei

sábado, 21 de novembro de 2009

Martha Medeiros


"Eu posso sentir isso de novo. Que bom. Achei que eu ia ser esperta pra sempre, mas para a minha grande alegria estou me sentindo uma idiota. Sabe o que eu fiz hoje? As pazes com o Bob Marley, com o Bob Dylan e até com o ovomaltine do Bob’s. As pazes com os casais que se balançam abraçados enquanto não esperam nada, as pazes com as pessoas que não sabem ver o que eu vejo. E eu só vejo você me ensinando a dar estrela. Eu só vejo você enchendo minha vida de estrelas. Se você puder, não tenha medo. Eu sou só uma menina que voltou a ver estrelas. E que repete, sem medo e sem fim, a palavra estrela no mesmo parágrafo. Estrela, estrela, estrela. Zilhões de vezes."

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

quinta-feira, 19 de novembro de 2009


Um dia você me disse que se eu quisesse você poderia me ajudar. Mas você não pode. E nem quer... Eu não vou pedir nada Nada, nada...nada mais Chega de implorar migalhas também cansei de ser rato de esgoto por dentro eu sou bem maior. Eis enfim porque sofro: sofro porque te amo! O mundo está cheio de ratos de verdade fora do lugar... ocupando um pedestal sobre os ombros curvados de outros mortais. E a minha voz rouca e muda é de alguém que não tem mais medo é mão que se ergue do brejo numa apelação absurda... ...no desespero de não ter com quem contar nem onde segurar...

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Fernanda Mello


"Eu preciso aprender a ser menos. Menos dramática. Menos intensa. Menos exagerada. Alguém já desejou isso na vida: ser menos? Pois é. Estranho. Mas eu preciso. Nesse minuto, nesse segundo, por favor, me bloqueie o coração, me cale o pensamento, me dê uma droga forte para tranquilizar a alma. Porque eu preciso. E preciso muito. Eu preciso diminuir o ritmo, abaixar o volume, andar na velocidade permitida, não atropelar quem chega, não tropeçar em mim mesma. Eu preciso respirar. Me aperte o pause, me deixe em stand by, eu não dou conta do meu coração que quer muito. Eu preciso desatar o nó. Eu preciso sentir menos, sonhar menos, amar menos, sofrer menos ainda. Aonde está a placa de PARE bem no meio da minha frase? Confesso: eu não consigo. Nada em mim pára, nada em mim é morno, nada é pouco, não existe sinal vermelho no meu caminho que se abre e me chama. E eu vou... Com o coração na mochila, o lápis borrado, o sorriso e a dúvida, a coragem e o medo, mas vou... Não digo: "estou indo", não digo: "daqui a pouco", nada tem hora a não ser agora. Existe aí algum remedinho para não-sentir? Existe alguma terapia, acupuntura, pedras, cores e aromas para me calar a alma e deixar mudo o pensamento? Quer saber? Existe. Existe e eu preciso. Preciso e não quero."

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Terê Penhabe - Carência


Hoje eu só queria um carinho,um dengo, um afago, um mimo desses que alisam a alma da gente e aquecem o coração também. Queria um poema feito para mim mesmo sem rima, sem contexto só um poema no avesso feito de vida e de verdades mil. Não precisava ser assim: - uma obra fenomenal! bastava um escrito normal de quem gostasse de mim. Queria me sentir importante,ser a musa, ser a amante
alguém além do simplesmente,sem precisar chegar a tanto. Hoje eu queria um sorriso disposto em versos talvez que é a linguagem que eu sei,que o mundo me ensinou. Não precisava ser dos grandes,nem tão especial ou brilhante bastava que fosse verdadeiro,um sorriso desses por inteiro. Hoje eu queria pouca coisa e mesmo assim não tenho será que nesse mundo sem fim ninguém faz um poema pra mim?